5 de julho de 2012

Amatra IX prestigia cerimônia de formatura do curso de inclusão digital do TRT-PR

O presidente da Amatra IX, Fabrício Nicolau dos Santos Nogueira, acompanhou na manhã desta quarta-feira (4/7) a formatura de nove alunos do Curso de Inclusão Digital Roberto Dala Barba. Na presidência da cerimônia, o desembargador Altino Pedrozo dos Santos, vice-presidente e presidente em exercício do TRT do Paraná, parabenizou os formandos pela conquista e expressou sua gratidão aos professores que se dispuseram a compartilhar seus conhecimentos. A mesa ainda contou com a presença do desembargador Ricardo Tadeu Marques da Fonseca, presidente da Comissão de Acessibilidade do TRT do Paraná, e da presidente da Universidade Livre para a Eficiência Humana (Unilehu), Andréa Moreira de Castilho Koppe.

Promovido pela Comissão de Responsabilidade Socioambiental, o projeto de Inclusão Digital Roberto Dala Barba – que homenageia um desembargador já falecido, pioneiro da utilização de computadores no TRT do Paraná – existe desde 2005 e já repassou conhecimentos de microinformática e Internet para diversos públicos. Este ano – assim como na última edição do projeto – o curso foi voltado à capacitação de pessoas com deficiência auditiva.

Para o desembargador Ricardo da Fonseca, primeiro magistrado cego do País, “quando o tribunal abre as portas para a comunidade dos surdos está dando um exemplo para as demais entidades. Elas devem ter a consciência que a comunidade dos surdos está isolada, porque a maior parte da sociedade desconhece a Libras, língua oficial e de uso obrigatório no Brasil. Quanto ao judiciário, não faz mais do que a obrigação de conhecê-la e aplicá-la, sob pena de negar a jurisdição a cerca de 5 milhões de surdos que precisam exercer a cidadania na sua mais ampla concepção.”

Os alunos foram encaminhados pela ONG Universidade Livre para a Eficiência Humana (Unilehu), e receberam, além do conteúdo de informática básica, uma cartilha sobre Direitos dos Trabalhadores e informações sobre Trabalho, Justiça e Cidadania. A turma que iniciou com 11 alunos, formou apenas nove: “dois dos nossos alunos precisaram parar o curso porque já arranjaram trabalho, e isso nos deixa muito contentes porque é exatamente esse o intuito do projeto: inseri-los no mercado de trabalho”, explica a integrante da Comissão de Responsabilidade Socioambiental, Terezinha do Belém Schimuda.

O curso, que iniciou em maio deste ano, foi composto por uma carga horária de 40 horas/aula de matérias como: digitação, introdução à microinformática, internet e e-mail, word, programa trabalho e justiça e cidadania. Ainda contou com a participação de um instrutor, servidores voluntários do TRT, além do intérprete da Língua Brasileira de Sinais (Libras), Renato Vieira, que trabalha com a comunidade surda há 10 anos.

(Com informações e fotos da Ascom TRT-PR)