24 de outubro de 2016

Juízes do Trabalho fazem Ato Público em Cornélio Procópio

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Os juízes do Trabalho paranaenses reuniram-se na manhã de sexta-feira (21/10), em Cornélio Procópio, para defender o Poder Judiciário e as prerrogativas da Magistratura. O Ato Público foi realizado no centro da cidade e contou com a presença de representantes de entidades sindicais da região e advogados.

O presidente da Amatra IX, Paulo da Cunha Boal, destacou na oportunidade que a mobilização não se destinava ao confronto com o grupo intitulado “Movimento de Ação Popular”, formado por empresários e comerciantes que, no início de setembro, articularam um protesto contra decisões da Justiça do Trabalho, alegando a existência de uma “indústria de ações trabalhistas” no município.

“Faço um apelo para a retomada das condições de convivência pacífica e organizada, que deve abalizar a atuação de toda a sociedade e, de forma mais específica, todos os cidadãos que buscam a Justiça e necessitam do amparo do Poder Judiciário Trabalhista, o qual tem o dever constitucional de zelar pelo equilíbrio entre o capital e o trabalho”, ressaltou o presidente da Amatra IX.

Boal destacou que o crescimento de ações trabalhistas decorre da crise econômica que assola o país e frisou que a Justiça do Trabalho não pode ser responsabilizada pelo alto índice de desemprego que, infelizmente, atinge 12 milhões de brasileiros. “Cabe a nós somente equacionar os conflitos entre empregadores e trabalhadores que estão tentando sobreviver a maior recessão deste século”, afirmou.

Ao repudiar os ataques dirigidos à juíza titular da 2ª Vara do Trabalho de Cornélio Procópio, Emília Simeão Albino Sako, o dirigente pediu confiança por parte da população. “Confiem nos juízes que aqui trabalham porque eles honram a toga, a tradição de honestidade e capacidade intelectual que sempre pautaram a Magistratura paranaense. A Dra. Emília é uma das mais laboriosas juízas do nosso tribunal, isso mencionar a autoria de vasta produção literária”, observou Paulo Boal.

O representante da 6ª Coordenadoria da Amatra IX, juiz Santo Antônio dos Santos, frisou que a defesa das prerrogativas dos magistrados é uma garantia do cidadão brasileiros. “É direito do cidadão ser julgado por um juiz que tem liberdade funcional, que julga com convicção e com base nos seus conhecimentos doutrinários que já foram testados em concurso público”, alertou o magistrado ao manifestar solidariedade à colega ameaçada.

Presenças

Também participaram do ato o diretor de Informática da Amatra IX, Paulo José Oliveira Nadai, a representante da 4ª Coordenadoria da entidade, Sandra Cristina Zanoni Cembraneli Correia, as associadas Emília Sako, Angélica Cândido Nogara Slomp, Cynthia Okamoto Gushi, Lecir Maria Scalassara Alencar, Patrícia Benetti Cravo, Silvana Aparecida Franz Giusti e Neide Akiko Fugivala Pedroso; e os associados Cláudio Luís Fuzino, Kassius Stocco, Márcio Antonio de Paula, Maurício Mazur e Mauro Vasni Paroski,

Em sinal de apoio à mobilização da Amatra IX estiveram presentes a presidente e o vice-presidente da Subseção do Ordem dos Advogados do Paraná em Cornélio Procópio, Thais Takahashi e Oswaldo Trevisan, representantes do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Metalúrgica, Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários, do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção e do Mobiliário, da Força Sindical e da Nova Central de Trabalhadores.

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