22 de janeiro de 2019

Juízes, advogados, servidores e procuradores fazem ato em defesa da Justiça do Trabalho

Atos em defesa da Justiça do Trabalho foram promovidos em mais de 30 cidades nas cinco regiões do país, nesta segunda-feira (21/1). Em Curitiba, a manifestação ocorreu no início da tarde, no átrio do Fórum Trabalhista de Primeiro Grau, reunindo magistrados, advogados, servidores públicos e procuradores do Trabalho.

A mobilização na capital paranaense foi coordenada pela Associação de Advogados Trabalhistas (AATPR), em parceria com a Amatra IX, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Sindicato dos Trabalhadores da Justiça do Trabalho (Sinjutra), o Tribunal Regional do Trabalho (TRT-PR) e o Ministério Público do Trabalho (MPT-PR).

“Este é um ato de respeito à Justiça do Trabalho e principalmente à advocacia. Os advogados têm que ser respeitados. Estamos cumprindo uma missão pública, com trabalho sério, estudo e ética”, destacou Sérgio Rocha Pombo, presidente da AATPR. “A Justiça do Trabalho tem função constitucional e tem o papel de eliminar conflitos. Acabar com essa Justiça não é acabar com os conflitos, é só mudar para outro lugar”, apontou o advogado.

Representando a Amatra IX, o diretor Financeiro Roberto Dala Barba Filho ressaltou que o Poder Judiciário evolui em direção à especialização, uma vez que os temas e a complexidade das relações sociais assim o exigem. “Alega-se a necessidade de passar as matérias trabalhistas para Justiça comum, como se ela fosse generalista. Isso revela uma preocupante desconexão com a realidade”, disse o magistrado, citando a existência de varas cíveis, criminais, de família, entre outras especializadas.

A representante da Associação Brasileira dos Advogados Trabalhistas (Abrat), Clair da Flora Martins, também defendeu a importância de um braço do Judiciário voltado para questões trabalhistas por uma questão de justiça social. “A Abrat, em mais de 40 de existência, sempre defendeu a Justiça do Trabalho e lutou por uma sociedade mais justa e igualitária”.

 “Precisamos restabelecer a verdade sobre a Justiça do Trabalho e os sistemas de proteção social, que têm sido vítimas de inverdades”, salientou o procurador Ricardo Bruel da Silveira, do Ministério Público do Trabalho no Paraná. “Não se pode tolerar as mentiras lançadas. O sistema de proteção é que dá garantia para que o Estado Democrático de Direito seja observado”, concluiu o representante do MPT.

A presidente do TRT, desembargadora Marlene T. Fuverki Suguimatsu, agradeceu o apoio de todas a entidades à Justiça do Trabalho e lembrou que o órgão é “patrimônio social da população e deve ser respeitado por todas as instâncias de poder. A desembargadora também pontuou que “manifestações desrespeitosas merecem repúdio” e que “cabe a todos a defesa da instituição e a preservação da sua imagem”.

São Paulo

A Amatra IX também integrou o movimento em defesa da Justiça do Trabalho realizado em São Paulo. A vice-presidente da entidade, Edilaine Stinglin Caetano, participou do ato que reuniu quase 3 mil pessoas no Fórum Ruy Barbosa, zona oeste da capital paulista, segundo os organizadores.

A mobilização contou com a presença de dirigentes de várias Amatras, do presidente da Anamatra, Guilherme Feliciano, do vice-presidente de Assuntos Legislativos Trabalhistas da AMB, Maurício Drummond, e do coordenador da Justiça Estadual da AMB, Frederico Mendes Júnior.

Brasília

No dia 5 de fevereiro, a Anamatra, as Amatras, a ANPT, a ABRAT e a Ordem dos Advogados do Brasil realização Ato Nacional em Defesa da Justiça do Trabalho, em Brasília. A manifestação terá início às 14 horas.